Foi
uma inauguração feita de apelos à memória: às origens de Santo Tirso, que o Rio
Ave viu crescer, mas também ao esquecimento a que foi votado no século XX, em
virtude do desenvolvimento industrial, e que levaram Cavaco Silva a falar de
“reencontro do rio com a cidade e os cidadãos” na hora da inauguração do
Passeio das Margens do Ave, a que presidiu no último sábado, 21 de janeiro.
Castro
Fernandes, presidente da Câmara de Santo Tirso, deteve-se num em particular: a
crise que o Vale do Ave atravessou na década de 1980 e a congregação de
esforços que se gerou com base nos estudos da Operação Integrada de
Desenvolvimento do Vale do Ave, canalizando-se para a região investimentos e
projetos que ajudaram a minimizar essa mesma crise. E tudo isto para dizer que Santo Tirso e toda
a região do Vale do Ave vive hoje uma “situação semelhante” e, como tal, a
necessitar de medidas similares. Ou, como referiu o presidente da Câmara, de
“uma nova Operação Integrada, adaptada às circunstâncias atuais”.
Para
além dos apelos à memória, o Presidente da República referiu-se ao Rio Ave como
um “ativo extraordinário que é preciso aproveitar para a valorização da própria
cidade e da população” e também um “ativo que produz riqueza”. Está provado,
afirmou Cavaco Silva, “que as decisões de investimento são também influenciadas
pelo ambiente que se encontra na rua, na praça, na vila, na cidade e também
nesta relação do rio com a própria cidade”.
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