O
Porto e a região norte estão a ser tratados pelo governo da “pior maneira possível,
que é através do silêncio”. Quem o diz é Guilherme Pinto que, na qualidade de
candidato a presidente da Federação Distrital do PS, cujas eleições se realizam
no dia 16 de junho, esteve esta tarde em Santo Tirso para uma sessão de esclarecimento, ‘apadrinhada’
por Castro Fernandes seu apoiante e vencedor das eleições do último sábado para
a concelhia do PS.
Guilherme
Pinto não criticou o governo pelas “más decisões” ou pelas “decisões contrárias
aos interesses da região”, mas por não tomar decisões. “Só assim se explica”,
diz o candidato, “que não tenham substituído a administração do Porto de Leixões
que é o elemento mais importante da economia da região”. “O contributo do
governo para que o Porto de Leixões funcione bem, é não nomear sequer uma nova
administração e deixar aquilo ao deus dará”, criticou o candidato.
No
esclarecimento desta tarde aos militantes de Santo Tirso, o candidato à Federação
Distrital do Porto começou por deter-se nas capacidades de uma região que tem “um
excelente aeroporto”, que “tem magnificas auto-estradas” e estruturas tão
importantes como o Porto de Leixões e o Porto de Pescas de Matosinhos mas que
continua sem uma “estratégia política”, sem capacidade de afirmação, sem uma
voz. Embora defensor claro da regionalização, Guilherme Pinto - que não
acredita que esta se faça nos próximos dez anos - recusando-se a ficar à
espera, defende que essa afirmação do Porto se faça através da Junta Metropolitana.
Castro Fernandes, minutos antes, já havia defendido o mesmo: “a nossa opção é
clara, passa pela regionalização, não sendo possível, que o presidente da Junta
Metropolitana seja eleito pelos cidadãos”.
Para
além das críticas ao atual governo e da urgência de afirmação do Porto,
Guilherme Pinto refletiu ainda sobre o próprio partido. “O PS não voltará a ter
a confiança dos portugueses se não afirmarmos o orgulho naquilo que foi o
passado”. Ou, por outras palavras, a defesa de estratégias que estavam a ser
seguidas pelo governo de José Sócrates e que são garantia de uma país mais
competitivo, nomeadamente a aposta na qualificação, na ciência e nas novas tecnologias,
mas também nas energias alternativas.
Já no final da sua intervenção,
Guilherme Pinto afirmou que esta sua candidatura à Federação Distrital do PS não
servirá “de patamar para outros voos”, mas apenas e exclusivamente o Porto. O
candidato quer “transformar este Porto carrascão, num Porto vintage”.
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