quarta-feira, junho 18, 2008

Ou se demite ou pede desculpas públicas



Das duas uma: ou Manuel Joaquim Monteiro, vogal do executivo de Vila das Aves, se demite ou então pede desculpas públicas à Assembleia de Freguesia e ao povo de Vila das Aves. É uma destas atitudes que o deputado do Partido Socialista, Nestor Rebelo Borges (o primeiro à esquerda, na imagem) espera do referido vogal da Junta de Freguesia perante a “gravidade dos factos” ocorridos na última sessão, realizada a 6 de Junho. Factos que, segundo Bernardino Certo reflectem, mais uma vez, a “falta de democracia e a pouca vergonha como têm decorrido as Assembleias de Freguesia”, e que agora mobilizam todos os esforços do PS no sentido de “denunciar este comportamento provocador”, actuando “em todas as instancias possíveis”, não estando mesmo descartada a possibilidade de accionar judicialmente o elemento do executivo em causa.

De acordo com a versão dos factos apresentada pelo PS esta semana em conferência de imprensa, Nestor Borges afirmou nessa Assembleia de Freguesia que “parte dos problemas” de Vila das Aves seriam “solucionados de uma forma mais simples e efectiva” caso o PS ganhasse as próximas eleições autárquicas. “Manuel Joaquim Monteiro” – lê-se no comunicado dos socialistas de Vila das Aves – “não gostando das palavras que ouviu, levanta-se a insultar o deputado do PS, ameaçando e esboçando a agressão". Carlos Valente e Manuel Joaquim descontrolam-se por completo e após isto alguns elementos do público abandonam mesmo a assembleia”.

Nestor Rebelo Borges pede, desta forma e atendendo “à gravidade dos facto” a demissão ou um pedido de desculpas de Manuel Joaquim Monteiro ainda que, na sua opinião, o primeiro responsável seja o presidente da Junta de Vila das Aves. “A responsabilidade vai para Carlos Valente, teve uma atitude incorrecta”.

O porta-voz da bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia, Bernardino Certo, por sua vez, reparte as culpas pelo vogal do executivo, pelo próprio presidente da Junta mas também pela presidente da Assembleia de Freguesia, Felisbela Freitas. “O senhor Presidente da Junta já devia ter educado os membros do executivo que numa Assembleia de Freguesia eles são meros convidados, por isso só falam quando lhe derem autorização. E esse papel cabe à presidente da Assembleia. Mas parece que isso não interessa, convêm que haja barulho e provocações”, chegando-se ao “insulto” e às “tentativas de agressão”. Perante isto, diz Bernardino Certo, é de lamentar que Felisbela Freitas não tenha feito o que lhe competia. O quê? “Expulsar Manuel Joaquim Monteiro. Mas não, o que fez foi cortar a palavra aos deputados do PS não permitindo a sua defesa, ainda mais quando estes tinham sido acusados de mentirosos pelo Presidente da Junta. Nós temos o direito à defesa da nossa honra mas a Presidente da Assembleia de Freguesia entende que não”.


Leia mais na próxima edição do Jornal Entre Margens, nas bancas a 25 de Junho de 2008

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