terça-feira, dezembro 30, 2008

“Riba d’Ave não se contenta com aquilo que é”

A frase que serve de título a este texto foi proferida por Irene Paiva dos Santos, presidente da Assembleia de Freguesia de Riba d’Ave e exprime bem o sentimento das várias forças políticas representadas na sessão solene do 21º aniversário da sua elevação a vila, assinalado no dia 18 de Dezembro. Com maior ou menor veemência todos reclamam mais para a freguesia e até mesmo, claro está, o autarca local, Armando Carvalho.

O ex-presidente de Junta e representante da CDU na Assembleia de Freguesia, Miguel Lopes questionou-se sobre o que ganhou Riba d’Ave com a atribuição deste estatuto. “A efeméride é para todos nós motivo de honra, mas a atribuição do estatuto de vila pouco contribuiu para o progresso de Riba d’Ave”, referiu. Miguel Lopes revelou-se, no entanto, descrente de que as coisas se possam alterar a manter-se o actual quadro de competências da junta local e talvez por isso tenha afirmado que a “autonomia administrava não deve ser descurada”.

Menos longe foram Amaro Araújo (PS) – que afirmou que o seu partido tudo fará para que Riba D’Ave recupere o “estatuto de maior vila do concelho de Vila Nova de Famalicão" – e José Brandão (PSD) segundo o qual, e apesar da freguesia ter um lugar de destaque no município famalicense, “nem sempre o concelho se tem lembrado de Riba d’Ave”.

Desabafos e lamentos por entre felicitações aos 21 anos de vila da freguesia de Riba d’Ave numa cerimónia realizada no salão da junta local na semana passada e que contou com a presença de Leonel Rocha, vice-presidente da Câmara de Famalicão. Armando Carvalho, presidente da Junta, confidenciou que ao assumir os destinos de Riba d’Ave o fez com a convicção de ser possível suprimir algumas das principais lacunas da freguesia, nomeadamente ao nível do saneamento básico e no que aos equipamentos culturais diz respeito. Se a primeira foi praticamente conseguida, dando a certeza que ao longo do próximo ano o processo ficará concluído, já a segunda ainda continua por resolver.

E aproveitando a presença de Leonel Rocha, apelou à Câmara Municipal para que seja feito um esforço no sentido de reabilitar o velho cine-teatro Narciso Ferreira. “Urge resolver este problema”. Sobre o assunto, o vice-presidente reconheceu que é propósito da Câmara Municipal de Famalicão reabilitar aquele edifício, e que a solução passa por candidatar a obra ao Quadro de Referência Estratégica Nacional. Leonel Rocha aproveitou ainda para afirmar que há muito que a freguesia entrou “na maturidade enquanto centro urbano”.

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