A indefinição da fronteira entre Trofa e Santo Tirso continua a dar azo a querelas entre os dois municípios, estando a mais recente relacionada com o avanço da zona industrial da Trofa. Na semana passada, o autarca trofense veio a público acusar o seu homólogo de Santo Tirso de “arrogância e pouca lucidez” e de querer “amputar” parte do novo município. Tudo por causa da providência cautelar movida pela autarquia tirsense de forma a travar o avanço do plano de pormenor da zona industrial da Trofa (na zona de Ervedosa).
Em comunicado de imprensa, a Câmara de Santo Tirso dá conta que a providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo “visa unicamente defender os interesses de todos os tirsenses, tendo em conta o facto de a fronteira entre os concelhos da Trofa e de Santo Tirso ser, desde a criação daquele município, legalmente consumada em Novembro de 1998, uma “terra de ninguém” com centenas de metros de largura, que desde essa altura tem gerado diversos conflitos entre as duas câmaras”.
Castro Fernandes lamenta que, volvidos dez anos sobre a emancipação da Trofa “a Assembleia da República não tenha ainda delimitado com rigor os dois concelhos”. Em causa está o atraso na delimitação territorial de Santa Cristina do Couto e da freguesia sede do concelho, do lado de Santo Tirso, e de S. Martinho de Bougado, do lado da Trofa.
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