Jerónimo de Sousa bem quis passar um mensagem de esperança e confiança aos trabalhadores da região, mas no seu discurso desta tarde, em S. Martinho do Campo, o sublinhado vai para a preocupação com que falou da situação social do país e dos trabalhadores em particular.
A situação vivida por muitos dos operários da têxtil Flor do Campo é disso exemplo, e o secretário-geral do PCP testemunhou-o esta tarde, à chegada a S. Martinho. “Hoje, centenas, milhares de trabalhadores continuam sem receber. Muitos de vós estará a chegar ao limite”, disse-o Jerónimo de Sousa. E no seu entender, a situação tende a agravar-se pois o que preocupa o governo não são os trabalhadores. “Eles estão a pensar outra vez nos grandes interesses, estão outra vez a pensar no défice das contas públicas e vão-vos dizer que têm de compreender os sacrifícios como se não houvesse pior sacrifício do que não ter emprego, do que não ter salário”.
Jerónimo de Sousa diz que o “ataque” de que a industria têxtil foi alvo foi feito sem que se criassem alternativas, pelo que a situação, como a vivida no concelho de Santo Tirso “é dramática”. A destruição do sector têxtil começou, segundo o secretário-geral, nas “negociações com a Organização Mundial do Comércio e as importações sem controlo por parte do Estado português, comprometido que estava com essas negociações”. E neste processo, saíram a ganhar “as multinacionais, num quadro de concorrência impossível de suportar” e até “muitos pequenos e médio empresários foram sacrificados também no altar dos grandes interesses dos grupos económicos e das multinacionais”.
Jerónimo de Sousa lamentou que os sucessivos governos não tenham percebido que a destruição do sector têxtil nesta região “tem consequências dramáticas”, pois aqui existe “praticamente um sector do qual estes trabalhadoras precisam como de pão para a boca”. As alternativas não foram criadas, respondendo-se agora com a “facilidade do crédito às pequenas e médias empresas” mas o problema destas, diz o secretário-geral, passa antes por “conseguir produzir e conseguir vender. Esse é que é problema central”.
FLOR DO CAMPO
Neste encontro do secretário-geral do PCP com os trabalhadores, Palmira Peixoto, do Sindicato Têxtil do Porto, fez o ponto da situação da têxtil Flor do Campo. E a situação “está quente”, ou mesmo “ a ferver”. Os trabalhadores, que continuam desde 2006 à esperem que sejam repostos os seus salários, “viram recentemente o tribunal de Santo Tirso dizer que afinal eles não têm direito a 100 por cento do salário mas apenas a 30 porcento”, denunciou a sindicalista.
A situação vivida por muitos dos operários da têxtil Flor do Campo é disso exemplo, e o secretário-geral do PCP testemunhou-o esta tarde, à chegada a S. Martinho. “Hoje, centenas, milhares de trabalhadores continuam sem receber. Muitos de vós estará a chegar ao limite”, disse-o Jerónimo de Sousa. E no seu entender, a situação tende a agravar-se pois o que preocupa o governo não são os trabalhadores. “Eles estão a pensar outra vez nos grandes interesses, estão outra vez a pensar no défice das contas públicas e vão-vos dizer que têm de compreender os sacrifícios como se não houvesse pior sacrifício do que não ter emprego, do que não ter salário”.
Jerónimo de Sousa diz que o “ataque” de que a industria têxtil foi alvo foi feito sem que se criassem alternativas, pelo que a situação, como a vivida no concelho de Santo Tirso “é dramática”. A destruição do sector têxtil começou, segundo o secretário-geral, nas “negociações com a Organização Mundial do Comércio e as importações sem controlo por parte do Estado português, comprometido que estava com essas negociações”. E neste processo, saíram a ganhar “as multinacionais, num quadro de concorrência impossível de suportar” e até “muitos pequenos e médio empresários foram sacrificados também no altar dos grandes interesses dos grupos económicos e das multinacionais”.
Jerónimo de Sousa lamentou que os sucessivos governos não tenham percebido que a destruição do sector têxtil nesta região “tem consequências dramáticas”, pois aqui existe “praticamente um sector do qual estes trabalhadoras precisam como de pão para a boca”. As alternativas não foram criadas, respondendo-se agora com a “facilidade do crédito às pequenas e médias empresas” mas o problema destas, diz o secretário-geral, passa antes por “conseguir produzir e conseguir vender. Esse é que é problema central”.
FLOR DO CAMPO
Neste encontro do secretário-geral do PCP com os trabalhadores, Palmira Peixoto, do Sindicato Têxtil do Porto, fez o ponto da situação da têxtil Flor do Campo. E a situação “está quente”, ou mesmo “ a ferver”. Os trabalhadores, que continuam desde 2006 à esperem que sejam repostos os seus salários, “viram recentemente o tribunal de Santo Tirso dizer que afinal eles não têm direito a 100 por cento do salário mas apenas a 30 porcento”, denunciou a sindicalista.
Em processo de insolvência há quatro anos, a Flor do Campo, viu ser aprovado um plano de recuperação pelos credores maioritários (entre os quais a Segurança Social, que detém 62 por cento dos créditos), que começou por prever o perdão de 85 por cento das dívidas aos trabalhadores, depois 80 por cento e, num última versão, 70 por cento. O Tribunal de Santo Tirso homologou a decisão da última assembleia de credores, pelo que o plano de recuperação avança - ainda que os trabalhadores não acreditem na viabilidade da empresa - e os cerca de 400 operários da têxtil de S. Martinho do Campo receberão apenas 30 por cento do que a empresa lhes deve, a partir de 2012 e durante dez anos.
Os factos não passaram ao lado Jerónimo de Sousa que deixou críticas à atuação da Segurança Social. No caso desta empresa, o secretário-geral do PCP diz que a Segurança Social “assumiu um papel inaceitável de autêntica agiota, ao procurar atingir duramente os créditos dos trabalhadores. Isto é impensável”. Esta, concluiu Jerónimo de Sousa, “deve apoiar os trabalhadores” mas com a “ganância foi tentar buscar os crédito a quem neste momento não tem sequer salário”.
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