quarta-feira, março 31, 2010

“Quem diz que o Club Thyrsense é elitista, é quem tem inveja por não ser sócio"

É o clube mais emblemático do concelho de Santo Tirso. Passou por dois séculos, o XIX, XX e tenta resistir ao terceiro, século XXI. São ao todo 13 décadas; uns respeitosos 130 anos; qualquer coisa como 4745 dias. A idade dá-lhe direito a fazer parte da história local. Carrega no currículo figuras ilustres como o Conde de S. Bento, António Miranda, Eurico de Melo entre muitos outros, que em suma, apesar de o negarem, são ou foram a alta sociedade tirsense.

Localizado, na rua Francisco Moreira, nº 24, o Club Thyrsense é descrito nos seus primeiros estatutos, de 1880, finais do século XIX, da seguinte forma: "O Club Thyrsense tem por fim promover e cimentar relações de benevolência e boa sociedade entre os associados e proporcionar-lhes um recreio honesto por meio da leitura, música, conversação, saraus, reuniões de famílias, jogos lícitos, etc.” Durante décadas esta foi linha que pautou o clube que o hoje ainda lá está. Na mesma rua, no mesmo lugar.
Associado comummente como a sede da high society tirsense, o clube é hoje uma réstia daquilo que em tempos foi. Não pretendemos desmistifica-lo; roubar-lhe os mitos que à força da idade e da notoriedade conseguiu com louvor conquistar. Queremos antes perceber o que aconteceu? O que aconteceu para que hoje o clube seja quase e apenas um “pequeno clube de província” que se diluiu entre bares cafés que foram tomando conta da cidade ao longo dos anos. Onde pára a mística? Os valores? Por que não é mais um local de eleição para tertúlias, saraus, reuniões e conferências?
A REPORTAGEM NA EDIÇÃO DE 1 DE ABRIL DO ENTRE MARGENS

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