Castro Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso diz-se
indignado com o relatório da referida comissão e adianta que a posição da autarquia
será “inflexível contra o eventual encerramento do Serviço de Urgência Básico”.
Segundo comunicado divulgado esta quarta-feira pela Câmara Municipal, e
de acordo com Castro Fernandes “esta proposta insere-se numa estratégia de
esvaziamento progressivo dos serviços públicos disponibilizados no concelho”. O
autarca diz mesmo que “paira sobre Santo Tirso a recorrente ameaça de
encerramento de serviços. Já assistimos ao encerramento da maternidade.
Conseguiu-se evitar o encerramento da Urgência proposto em 2007, mas permanece
a ameaça sobre o Hospital, o Tribunal, as Escolas e as Juntas de Freguesia”.
A proposta da Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de
Emergência e Urgência, diz a Câmara Municipal, “é um verdadeiro ataque aos
utentes do Serviço Nacional de Saúde, feito por tecnocratas centralistas,
alheados da realidade e distantes dos problemas”. Ainda assim, o presidente da
Câmara afirma acreditar “que o Sr. Ministro da Saúde será sensato e não
permitirá a concretização desta proposta”.
No mesmo comunicado, a Câmara de santo Tirso relembra o investimento de
cerca de 2 milhões e meio de euros feito na requalificação no Serviço de
Urgência Básico, inaugurado a 31 de agosto de 2009 fruto do protocolo que a
Câmara Municipal e o Ministério da Saúde celebraram em 24 de fevereiro de 2007,
que garantiu o Serviço de Urgência em Santo Tirso.
Entretanto, o gabinete do Ministro Paulo Macedo afirmou à Renascença
que a proposta agora tornada pública será amplamente discutida e que o Ministério
“está aberto a contributos vários”. A Câmara de Santo Tirso, porém, não deixa
de lamentar que a comissão não tenha ouvido ninguém do município, quando o
Ministro da Saúde garantiu à autarquia, em novembro de 2011, que as câmaras
municipais seriam chamadas a se pronunciarem.
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