quinta-feira, novembro 15, 2007

PCP alerta para perigo de nova derrocada do "muro do Gil" na freguesia de Burgães



O muro tem para cima de oito metros, fica na Rua do Outeiro, na freguesia de Burgães e quem o vê, não o dá por seguro. Há praticamente um ano, o muro do Gil – como é conhecido - , caiu pela terceira vez. Nessa altura, conta Antóno Graciano, três a quatro pessoas que por ali passavam conseguiram escapar a tempo, e a derrocada só provocou transtornos para quem transita naquela que é uma das principais vias da freguesia. Três meses depois, pelo menos, o muro foi reconstruído, mas tal não deixa os habitantes tranquilos. E é fácil de perceber porquê: a sua reconstrução parece resumir-se à colocação simples de pedra sobre pedra, agravando-se o problema tendo em conta a altura do muro.

Esta tarde, o PCP de Santo Tirso promoveu um visita ao local, praticamente um ano após ter remetido à Assembleia Municipal um requerimento onde solicitava explicações ao presidente Câmara relativamente aquele muro. O requerimento tem data de 24 de Novembro de 2006 mas até agora o PCP ainda não recebeu qualquer resposta, pelo que apresentará novo requerimentos ainda esta semana. José Alberto Ribeiro, deputado do PCP na Assembleia Municipal de Santo Tirso, critica, sobretudo, a falta de uma “atenção preventiva na construção” por parte da Câmara Municipal.

No local, são bem visíveis as marcas do embate das pedras na via alcatroada. No lado oposto da estrada, num campo, vão-se amontoando algumas das pedras das derrocadas do muro. Contam-se até ao momento três e à medida que se vai reconstruindo, o mesmo parece crescer em altura. António Graciano, morador na freguesia há 23 anos, diz que inicialmente o muro tinha metade da altura actual. Segundo a mesma fonte, algumas pessoas já tentaram contactar com o proprietário da Quinta do Outeiro – conhecida pela Quinta do Gil – e responsável pelo referido muro, mas sem efeito. “Nesta última derrocada, não calhou ficarem três mulheres debaixo do muro por uma fracção de segundos”; conta.

No requerimento apresentado há um ano pelo PCP, questiona-se o presidente da Câmara sobre eventuais medidas tomadas para assegurar as “condições de segurança e outras inerentes ao necessário licenciamento?” E que “medidas pensa tomar para resolver esta situação rapidamente, sem descurar as condições de segurança no presente no futuro?”


Mais Informações na edição de 28 de Novembro de 2007 do Entre Margens

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