quinta-feira, maio 14, 2009

Autarcas e investidores ainda não despertaram para o potencial que as Termas representam

O director executivo fala em “registos de inovação” e, todos somados, fizeram das Termas das Caldas da Saúde, em 1994, “o primeiro balneário da era moderna”. Sujeita a uma remodelação “de alto a baixo” levada a cabo no final dos anos 80 princípios dos anos 90, com a ajuda de peritos estrangeiros, nomeadamente franceses, de “umas termas típicas do termalismo do final do século passado” passou a região a ter uma termalismo de referência, introduzidos que foram “muitos factores diferenciadores e inovadores no mercado”, segundo deu conta ao Entre Margens Adosindo Ferreira, o director executivo. Entre esses factores de inovação destacam-se, o abandono da actividade sazonal passando as termas a funcionar todo o ano, a criação de um corpo de profissionais e a promoção de actividades complementares onde o termalismo surge associado a outro tipo de serviços, como o sauna, o banho turco, o ginásio, as massagens.

Mas 15 anos depois, a comunidade local, autarcas e investidores, ainda não despertaram para o potencial que as Termas das Caldas da Saúde representam. Falta oferta hoteleira, faltam respostas ao nível da restauração e todo um conjunto de mais valias comercias e culturais que poderiam ajudar a atrair mais público às termas e fazê-lo permanecer na região por períodos de tempo mais ou menos longos. “Há muito a fazer. E começa pelas autoridades, pelas autarquias que tem de saber aproveitar este potencial”. Mas na opinião de Adosindo Ferreira não é isso o que tem acontecido o que talvez ajude a explicar estes dados: a grande maioria – à volta dos 90 por cento – dos termalistas “fazem uma utilização das termas em regime de ambulatório”. Ou seja, deslocam-se 20, 30 quilómetros e regressam após os tratamentos, ao final do dia. Chegam da Trofa, Maia, Porto, Gaia, Matosinhos e naturalmente de Santo Tirso e Famalicão. Por outro lado, “é muito menos significativo o número de pessoas que chegam de mais longe porque falta-nos aqui uma série de equipamentos, inclusivamente hoteleiros”.

Para o mesmo responsável, e numa região deprimida como é o Vale do Ave muito por culpa da crise do têxtil, “o turismos podia ser uma alternativa de valor acrescentado”. E nesta ordem de ideias, defende Adosindo Ferreira, o “balneário termal tem muito potencial de crescimento em matéria de recursos hídricos e em matéria terapêutica, agora o que é preciso é que se criem infra-estruturas. Não basta um hotel, as coisas não acabam por aí. Os acessos, a própria área envolvente…estamos cheios de constrangimentos. Era preciso que a montante e a jusante das termas houvesse espaços para permitir a criação de zonas verdes, de áreas de estacionamento de unidades hoteleiras".

LEIA MAIS NO SUPLEMENTO DEDICADO À FREGUESIA DE AREIAS NA EDIÇÃO DE 13 DE MAIO DO JORNAL ENTRE MARGENS

1 comentário:

Socialista contente disse...

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