quinta-feira, julho 30, 2009

Ministro do trabalho na inauguração da Casa do Sol



O primeiro passo foi dado em 2003; seis anos depois, está inaugurada a Casa do Sol, ou, por outras palavras, o terceiro centro de acolhimento para crianças em perigo da associação de solidariedade e acção social de Santo Tirso. No antigo edifício dos CTT de vila das aves vão viver agora 12 crianças e jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos.

Em Junho de 1966 inaugurava em Vila das Aves o edifício dos correios. Segundo revelou Carlos Valente, presidente da Junta de Freguesia, o imóvel terá custado, à data, “500 contos”. Ou seja, um pechincha quando comparado com os 300 mil euros agora necessários para a sua requalificação e transformação em centro de acolhimento para jovens em perigo. O terceiro promovido pela Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso (Asas) que o inaugurou no dia 19 de Julho na presença do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva.

Na entretanto baptizada por Casa do Sol, vão passar a viver 12 menores em risco, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. O propósito é que aí permaneçam, no máximo, um ano - é isso que a Lei estipula, de resto, - e o ministro Vieira da Silva frisou isso mesmo. “Seis meses, o máximo um ano, é o que a Lei prevê que uma criança ou um jovem possa estar num centro de atendimento. Deve ter um período limitado de permanecia numa instituição deste género, se assim não for, estaremos todos a falhar no nosso objectivo. É por isso que este é um trabalho tão difícil e tão exigente”. A realidade, contudo, é bem diferente e quanto mais avançadas são as idades destas crianças e jovens mais difícil é, por exemplo, o processo de adopção. Questionado pelo Entre Margens, o ministro da Solidariedade Social mostrou-se consciente do problema, adiantando no entanto que nestes casos “é preciso trabalhar muito junto das famílias para recuperar o ambiente familiar” ou então, acrescentou: “fazer com que as instituições construam alternativas de autonomia para esses jovens, e é essa a tendência que está a ser seguida”.

NOTA
Infelizmente o facto não passou ao lado da maioria, porque pouco comum. O ministro Vieira da Silva, ao que parece, é conhecido pela sua pontualidade e em Vila das Aves à hora marcada lá estava para dar início às cerimónias. Regista-se o facto e, já agora, deixa-se o apelo para que se lhe sigam o exemplo. Até porque um atraso – mesmo de cinco minutos – não é chic, é falta de respeito.

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