Vítor Vinha bisa e evita derrota
Debaixo de chuva intensa o Aves esteve a perder por 2-0, mas dois golos do defesa Vítor Vinha evitaram a derrota, num jogo que teve a arbitragem no centro das atenções, nomeadamente ao ter assinalado uma grande penalidade a favor dos visitantes, aparentemente, inexistente. O Aves mantém-se no quinto posto, com 26 pontos, juntamente com Estoril e Gil Vicente, justamente o adversário da próxima jornada, em Barcelos.
O jogo começou praticamente com o golo do Moreirense (4’). Depois de um lance confuso na área, a bola sobra para as imediações da área e para Castro que remata forte, com a bola a bater em Lourenço e a trair Hélder Godinho, que bem se esticou, mas não conseguiu evitar o golo.
Embora de forma atabalhoada e pouco organizada, o Aves criou perigo com um remate de Vasco Matos (7’), fora da área, com bola a bater num defesa para canto. Boa ocasião aconteceu numa jogada de Leandro (15’) que correu todo o lado direito do ataque, ultrapassou dois adversários, cruzou ao segundo poste mas Lourenço não chegou a tempo para emendar.
Depois foi a vez do Moreirense criar perigo em dois lances. Aos 20’ com a bola novamente a sobrar para a entrada da área do Aves e Robson, à vontade, a rematar por cima da baliza. Três minutos depois, na sequência de um livre, cabeceamento de Anilton para fora.
Aos 35’, cruzamento de Luisinho, para Vasco Matos que, com o corpo, leva a bola a defesa fácil do guardião de Moreira de Cónegos. Moreirense que poderia ter dilatado a vantagem (38’), novamente na sequência de um livre, com Castro a lançar e Pica a emendar para defesa incompleta de Hélder Godinho, com João Pedro a aliviar para canto.
A fechar o primeiro tempo (40’), novamente o Aves por cima, com Luisinho – um dos mais inconformados – do lado direito a cruzar, Tozé Marreco a cabecear para trás para Vasco Matos que serviu Grosso, mas este a rematar muito por cima da baliza.
Dois minutos depois é mais uma vez Luisinho que cruza do lado direito com peso e medida, mas Tozé Marreco a chegar atrasado ao lance na boca da baliza.
A perder e com um jogo com pouca qualidade, o treinador Vítor Oliveira faz duas mexidas de uma assentada refrescando as laterais, tirando Grosso e Pedro Cervantes, entrando para os seus lugares Pedro Pereira e Diogo Viana.
Apesar da tentativa de virar o resultado seria no entanto o Moreirense a marcar (58’), na conversão de uma grande penalidade muito discutível e contestada pelo Aves, de Tiago Valente sobre João Vicente. Pintassilgo permitiu a defesa de Hélder Godinho e na recarga a bola fica presa na lama, Mas Robson ainda conseguiu empurrar o esférico para o interior da baliza.
A resposta aconteceu quatro minutos depois com Vítor Vinha a rematar junto do vértice esquerdo da área para junto do poste mais distante, reduzindo a desvantagem que, no entanto, poderia ter sido anulada na sequência de um remate forte de Castro de livre direto em zona frontal que levou a bola a embater de forma estrondosa na barra da baliza do Aves.
Foi nesta altura que as atenções passaram a estar concentradas na bancada com cenas de autêntica pancadaria entre adeptos das duas equipas, chegando mesmo pessoas a cair pela bancada abaixo, aparentemente sem ferimentos a registar.
Foi nesta altura que, dentro das quatro linhas, Vítor Vinha viria a tornar-se na figura do jogo quando aproveitou um alívio deficiente da defesa contrária para rematar fora da área sem hipótese para Tigrão, restabelecendo a igualdade e bisando na partida.
Vinha que poderia ter feito um hat-trick (87’) e dado a vitória ao Aves quando, na conversão de um livre direto, levou a bola a embater no poste esquerdo da baliza do Moreirense.
Texto Celso Campos
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