segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Aves eficaz contra Belenenses (2-0)


Vai com cinco vitórias consecutivas e está apenas a uma vitória do líder Oliveirense, equipa que vai visitar no próximo domingo. Ontem (domingo dia 6) venceu por 2-0 a equipa do Belenenses, sendo agora quarto com o Gil Vicente.

O primeiro tempo foi marcado pelo equilíbrio, mas com o Aves mais perigoso, construindo vários lances de perigo, sobretudo aproveitando as alas, mas no miolo da área faltou no momento decisivo inspiração e, porventura, alguma falta de sorte.

O primeiro sinal de perigo foi para o Belenenses (4’), com Rui Varela a rematar à meia volta, à entrada da área, com a bola a passar sobre a barra. Logo a seguir o Aves respondeu com Tozé Marreco a lançar Luisinho nas costas da defesa de Belém e este a rematar à queima-roupa do guarda-redes, que saiu bem dos postes, a enviar a bola para canto.

A partir deste momento, o Aves conseguiu maior ascendente criando dois lances perigosos, primeiro (12’) com Tozé Marreco a subir mais alto que os defesas e a cabecear por cima da barra; dois minutos depois grande jogada de Marco Airosa que cruza para Tozé Marreco que falha à boca da baliza.

Assistiu-se depois a um período de luta a meio campo, com o Aves a criar novamente perigo (25’) com Tozé Marreco a controlar a bola e depois a ser lançado cruzamento para Pedro Cervantes cabecear e a bola a rasar a barra, mas com o árbitro a assinalar fora de jogo. No minuto seguinte outro lance idêntico com Júlio César a cruzar do lado direito e Tozé Marreco a controlar e a rematar à barra, mas, mais uma vez, a ser assinalado fora de jogo. Foi o período melhor do Aves e aos 28’ um bom cruzamento de Luisinho do lado esquerdo, não encontrou ninguém na área para emendar para a baliza adversária.

O Belenenses só voltaria a criar perigo à meia hora de jogo, na sequência de um livre com Baggio a cabecear ao segundo poste mas à figura de Hélder Godinho. Ainda da primeira parte nota para mais um bom ataque caseiro, desta vez no corredor direito, com Vasco Matos a cruzar mas, novamente, ninguém a chegar a tempo para emendar para o fundo das redes azuis.

O Aves entrou forte na segunda parte, forte e pressionante, mas rapidamente o Belenenses subiu de forma e criou maior ascendente conseguindo criar duas situações de perigo. Aos 53’ Miguel Rosa, deixado à vontade na conversão de um canto, cabeceia ao lado. Três minutos, Celestino encostado à linha lateral cobra um livre e quando toda a gente espera o cruzamento remata à baliza, com Hélder Godinho a ter de se empenhar para defender a bola.

Era o melhor período da equipa de Lisboa, mas o Aves não desistiu e num lance de insistência na área (63’), Semmler defende remates de Vasco Matos e Pedro Cervantes, mas não consegue suster a ressaca de Tozé Marreco, abrindo o ativo

Em desvantagem, o Belenenses foi à procura do empate e voltou a criar perigo, cabendo desta vez o mérito a Marco Airosa que na hora H cortou a bola a Sidnei que se preparava apenas para encostar para o fundo das redes da baliza da casa.

E foi uma vez mais usando um dos pontos fortes do Aves que (74’), num lance de contra ataque, Pedro Pereira – que entrou para render Pedro Cervantes –ainda fora da área, fez um grande remate com a bola a alojar-se junto ao ângulo superior esquerdo da baliza de Semmler, que bem se esforçou por chegar à bola.

Apesar do esforço da equipa de José Mota, até final da partida não houve novos lances de perigo, com o Aves também a controlar o jogo até ao apito final de Artur Soares Dias.


OS TÉCNICOS:

José Mota, Belenenses

O treinador do Belenenses, no final da partida, diz que a sua equipa não conseguiu neutralizar os pontos fortes do Aves, nomeadamente as rápidas transições ofensivas explorando as faixas laterais. “Não fomos inteligentes e começamos a dar espaço nas laterais ao Vasco Matos e ao Luisinho. Aconteceram desequilibrios, mas sem grandes oportunidades”.

“Na segunda parte, fomos mais fortes e quando estávamos a dominar o meio campo e nos acercar mais da área do Aves, acaba por surgir um golo do Aves, na sequência de vários ressaltos na área”, referiu, avançando ainda que a partir daí, o Aves “deu a iniciativa de jogo e o Pedro Pereira acaba por fazer um grande golo”.

José Mota considerou o resultado “justo” e o Aves como uma equipa muito experiente e muito inteligente na II Liga.

Vítor Oliveira, Aves

Por seu turno, o técnico avense reconheceu que a vitória “não foi fácil”, reconhecendo que o Belenenses “está melhor e ainda com aspirações”. “Tivemos uma boa primeira parte, com lances de perigo não concretizados, alguns por inépcia e outros por falta de sorte”, avançando que na segunda parte “entramos bem e fizemos dois bons golos. Ganhámos com mérito”.

Vítor Oliveira gostou sobretudo da resposta da equipa depois da pesada derrota com o Benfica. “Continuamos a progredir e a jogar bem com alguns jogadores em bom momento de forma”, referiu.

Quanto à deslocação ao terreno do líder no próximo Domingo (Oliveirense), o técnico reconheceu ser uma equipa “muito dificil em casa. Vai ser um jogo interessante e de grande expectativa. Vamos tentar manter a senda de vitórias”. Baixa importante para este jogo será Rabiola que vai manter-se fora dos relvados pelo menos mais 3 ou 4 semanas. A sua inclusão na lista de convocados “foi um erro de comunicação interno”, justificou o técnico, pois o mesmo nem sequer se sentou no banco, continuando lesionado.

Texto: Celso Campos. Foto: Vasco Oliveira


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