
Famalicão vai criar a designada Rota Têxtil do Vale do Ave. A novidade foi apresentada no âmbito do seminário dedicado ao tema “Turismo Industrial - Instrumento de Desenvolvimento Económico”, realizado em meados deste mês.
De acordo com Lopes Cordeiro,director do Museu da Indústria Têxtil, “a Rota do Têxtil será uma rede de promoção turística que deverá estar no terreno dentro de dois a três anos”. O projecto encontra-se ainda numa fase inicial, tendo sido anunciadas as linhas gerais sobre as quais a futura rota será consolidada. Para Lopes Cordeiro, a Rota Têxtil terá como objectivos “divulgar e dar a conhecer o património industrial têxtil da região, atrair à região turistas interessados nestas realidades e fazer com que possam permanecer durante algum tempo, instalar-se, fazer compras, ira aos restaurantes, etc”. Este é, acrescentou o responsável, “mais um contributo para o desenvolvimento económico e enriquecimento local”.
Na ocasião, Armindo Costa, presidente da Câmara de Famlicão disse que a Rota Têxtil do Vale do Ave “é um projecto eminentemente cultural, mas com uma componente turística, que deve ser devidamente explorada, para que tenha sentido falarmos no turismo industrial como factor do nosso desenvolvimento económico”.
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Fernando Rosas, historiador e deputado do Bloco de Esquerda esteve no último fim-de-semana em Famalicão e afirmou que "Famalicão é o centro da cultura nacional”
“A cidade de Vila Nova de Famalicão é actualmente o centro da cultura e investigação histórica do país. Os especialistas que queiram estudar, por exemplo, a Primeira República, não o podem fazer sem vir a Famalicão e consultar os documentos aqui existentes.” A afirmação é do historiador e deputado do Bloco de Esquerda Fernando Rosas e foi proferida nos Encontros de Outono, que decorreram sexta-feira e sábado últimos, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, subordinados ao tema “Exílio e Exilados Políticos – 1926-1974”.
O historiador, que teceu rasgados elogios à política cultural seguida pelo executivo municipal, disse que “o trabalho e empenho” do director do departamento de cultura da autarquia, Artur Sá da Costa, e do coordenador científico do Museu Bernardino Machado, Norberto Cunha, conjugados com “a sabedoria do presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, fazem de Famalicão um concelho que sabe preservar a memória histórica e sabe apostar na cultura dos seus munícipes”.
“É um investimento que esta Câmara Municipal faz no debate e no conhecimento”, salientou Fernando Rosas, lembrando ainda iniciativas como o ciclo de conferências dedicado aos Presidentes da República e, mais recentemente, os debates à volta das Lutas Académicas e Estudantis, que está a decorrer até 2008. “É uma obra da Câmara Municipal de Famalicão e, por isso, dou os parabéns ao seu presidente, Armindo Costa, por investir na cultura”, realçou ainda.
No que diz respeito à edição deste ano dos Encontros de Outono, o historiador, que é também professor no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, sublinhou a importância do tema, referindo que o evento tem vindo a ganhar cada vez mais qualidade, afirmando-se actualmente como “um dos acontecimentos culturais mais importantes a nível nacional e internacional”. E acrescentou: “É mais um investimento que a Câmara Municipal faz no património histórico, desta vez centrado na figura de Bernardino Machado”.
Na sua intervenção, Fernando Rosas abordou a temática do “Reviralhismo e a Liga de Paris”, um acontecimento que envolveu directamente o exílio de Bernardino Machado.
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