Numa altura em que do velho edifício só resta, praticamente a fachada, esta permanecerá como marca do tempo e da política cultural do Estado Novo no Cine-Teatro do futuro, que poderá surgir lá para 2009, e cujo projecto de arquitectura foi apresentado otem, 10 de Novembro.
Trata-se de um projecto “arrojado” e “inovador” levado a cabo, segundo deu conta Castro Fernandes, pelos serviços técnicos da Câmara de Santo Tirso. “Optámos por escolher a prata da casa”, disse o autarca que se referiu à obra como uma das prioridades do actual mandato. Já o havia feito a 24 de Outubro de 2005, aquando da sua tomada de possa, com a consciência, declarou de que “seria uma tarefa difícil”.
Em causa estão investimentos avultados numa área “desfavorecida” pelos Orçamentos de Estado e pelos fundos comunitários. Contudo, Castro Fernandes deixou a garantia, de que a “Câmara irá realizar este equipamento, com ou sem apoios exteriores”. Até porque, sublinhou presidente do município, esta representa “os anseios mais legítimos e genuínos da população do concelho. A prova dessa vontade”, referiu ainda “está hoje aqui demonstrada, através da vossa presença. Ela é a razão que dá sentido ao nosso esforço”.
CARACTERÍSTICAS DA OBRA
Depois de 15 anos sobre a última projecção de um filme no Cine-Teatro, este equipamento volta a estar na ordem do dia. Este projecto mantém a imagem exterior do edifício primitivo (que data da década de 50) e intervém profundamente no já degradado e demolido interior. Este equipamento terá duas salas: um auditório principal, que na forma de organização tradicional contará com trezentos lugares sentados e um segundo auditório com 120 lugares sentados. Contará com um café que pode funcionar de modo autónomo do resto do edifício, galerias e átrios, que permitem a realização de eventos e exposições, e todo um conjunto de serviços de apoio e galerias técnicas que darão corpo a este complexo organismo.
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