Em 2007 foram oito mil e 301 os doentes operados no Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). Destes, seis mil e 321 foram operados em regime de internamento e os restantes em regime de ambulatório. Ou seja, a utilização do ambulatório ocorreu em 33 por cento dos casos programados. Em 2008 o CHMA espera chegar aos 41 por cento no que às cirurgias em regime de ambulatório diz respeito.
Espera o CHMA e a Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia do Ambulatório (CNADCA) que visitou o referido centro hospitalar no final de Fevereiro. Criada em Outubro do ano passado, a referida comissão tem por objectivo “estudar e propor a estratégia, e as correspondentes medidas, para o desenvolvimento da cirurgia de ambulatório no Serviço Nacional de Saúde”. É que apesar das suas vantagens, em Portugal, este “regime cirúrgico é ainda bastante inferior ao de outros países”. Os dados de 2006 revelam que “em Portugal a proporção da cirurgia realizada em regime de ambulatório” se ficava pelos “17 por cento”, enquanto que este valor era de 55 por cento na Dinamarca e de aproximadamente 50 por cento na Suécia, Noruega e Holanda.
Fernando Araújo, presidente da CNADCA espera que em pouco tempo Portugal possa também atingir estes valores, mas foi desde já classificando de bastante positivos os números apresentados pelo Centro Hospitalar do Médio Ave. “Os números deste centro hospitalar são muito bons, mas continuam a persistir questões que nós temos a obrigação de as ouvir para que depois possamos propor as medidas mais adequadas”, referiu na conferência de imprensa que precedeu à reunião que manteve com os profissionais daquela unidade. Questões relacionada com o próprio espaço físico – em parte ultrapassada pela inauguração recente da Unidade de Cirurgia de Ambulatório, com uma área de 550 metros quadrados – de financiamento e outras como a forma como os próprios profissionais encaram a cirurgia de ambulatório.
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