terça-feira, maio 26, 2009

Sócrates mobilizou a população e Vital Moreira apelou ao voto contra as “oposições destrutivas”



José Sócrates, que nos últimos tempos tem ouvido o que quer e o que não quer, ainda é capaz de fazer parar o trânsito? É. Em Santo Tirso é. Qual loira boazona, protagonista de série de tv, a José Sócrates, que no último domingo se apresentou em Santo Tirso de jeans e sem gravata, basta aparecer para que os socialistas lhe “caiam em cima”. Mais elas do que eles, diga-se em abono da verdade, mas com igual fervor. “O homem quase que abafa” dizia uma transeunte. E de facto, foi por pouco. Sócrates distribui beijos, deu autógrafos, deixou-se fotografar por inúmeras câmaras de telemóvel e lá foi percorrendo, ao lado de Castro Fernandes e Vital Moreira, alguns arruamentos da cidade de Santo Tirso.

Nos seus 41 anos de trabalho, Teresa de Jesus Guimarães, de S. Tomé de Negrelos deixa um testemunho eloquente: “Sócrates é o maior. Para mim é o primeiro-ministro mais honesto que vi em toda a minha vida”. Sabe que andam a “ralhar” com ele por causa do caso “Freeport ou lá o que é”, mas os que o fazem “não têm razão”. Para esta mulher de S. Tomé de Negrelos, quem anda a tramar isto tudo “são uns grandalhões que fecham as firmas para fugir com o dinheiro e a esses é que ele [primeiro-ministro] devia deixá-los na merda. Assim mesmo”, reafirma.

Mas em causa estão as eleições para o Parlamento Europeu do próximo dia 7 de Junho e disso não se esquece Vital Moreira, o cabeça de lista do partido que não quer que menosprezem este acto eleitoral. “Estas eleições não são eleições menores, são a primeira etapa de um grande ciclo eleitoral” e uma “oportunidade a não perder para obter uma grande vitoria para o PS e infligir uma derrota na direita e na estrema esquerda”. Na opinião de Vital Moreira, “a direita e a estrema esquerda acham que estas eleições devem ser apresentadas para aquilo que eles chamam de voto de protesto e um cartão amarelo no governo do PS” mas, acrescenta, quem realmente merece um cartão amarelo “são estas oposições que não têm feito mais nada do que uma oposição destrutiva, do que o bota-abaixismo, do ‘quanto pior melhor’ - para eles evidentemente - e que não têm dado nenhum contributo nem apresentado nenhuma alternativa para a saída da crise”. Vital Moreira acusou, inclusive, “estas oposições” de nada fazerem a não ser, e “de forma conjugada, coordenada e muitas vezes concertada” oporem-se ao que o PS tem feito.

Perante um mobilização popular que foi “mais do que a conta”, José Sócrates classificou o PS como o partido da Europa, protagonista dos “grandes momentos do projecto europeu no nosso país”, nomeadamente na adesão à CEE, com Mário Soares, na adesão ao Euro que fez com que o “país ficasse hoje mais protegido das crise”, com António Guterres e, mais recentemente, com o actual governo, ao “conseguir um acordo para que a Europa possa vir a ter um tratado que honra Portugal e que se chamará Tratado de Lisboa”.

A REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO DE 27 DE MAIO DO ENTRE MARGENS

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