Custou, mas foi. Foram precisos mais de seis anos para que as autarquias de Famalicão, Santo Tirso e a Rede Ferroviária Nacional (Refer) se entendessem sobre o que fazer com a velha ponte de caniços. Tempo mais do que suficiente para que a travessia se degradasse, ao ponto de fazer com que o presidente da Junta de Vila das Aves viesse a público alertar para os perigos de segurança que a mesma representa para os que a continuam a utilizar como travessia pedonal. Em Junho deste ano, Carlos Valente punha as coisas nestes termos: ou se requalifica a ponte ou então tem que se proceder ao seu encerramento.
Na altura, a Refer, confrontada pelo Entre Margens, dava conta que o custo com a adaptação da antiga ponte ferroviária ao trânsito pedonal, bem como a sua manutenção, caberia “como não pode deixar de ser” aos “respectivos beneficiários”, mas dois meses depois, a mesma empresa decide comparticipar a empreitada em 252 mil euros. É pelo menos o que estipula o protocolo de colaboração assinado no passado dia 4 de Setembro pelas autarquias de Santo Tirso, Famalicão e a Refer, homologado pela Secretária de Estado dos Transportes.
Ana Paula Vitorino, de resto, e uma vez alertada pelo autarca de Santo Tirso, terá tido um papel decisivo na resolução deste “problema” que, como afirmou a própria “já não se podia arrastar por mais tempo”. Em causa está, segundo a mesma responsável “uma responsabilidade social da Refer relativamente à preservação do património”. Trata-se de “uma ponte de 1884 que faz parte do nosso património de engenharia e que tem de ser preservada e com este protocolo garantimos que ela será preservada”, afirmou a secretária de Estado.
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