quinta-feira, setembro 17, 2009

Refer comparticipa adaptação ao trânsito pedonal da ponte ferroviária de Caniços

Custou, mas foi. Foram precisos mais de seis anos para que as autarquias de Famalicão, Santo Tirso e a Rede Ferroviária Nacional (Refer) se entendessem sobre o que fazer com a velha ponte de caniços. Tempo mais do que suficiente para que a travessia se degradasse, ao ponto de fazer com que o presidente da Junta de Vila das Aves viesse a público alertar para os perigos de segurança que a mesma representa para os que a continuam a utilizar como travessia pedonal. Em Junho deste ano, Carlos Valente punha as coisas nestes termos: ou se requalifica a ponte ou então tem que se proceder ao seu encerramento.

Na altura, a Refer, confrontada pelo Entre Margens, dava conta que o custo com a adaptação da antiga ponte ferroviária ao trânsito pedonal, bem como a sua manutenção, caberia “como não pode deixar de ser” aos “respectivos beneficiários”, mas dois meses depois, a mesma empresa decide comparticipar a empreitada em 252 mil euros. É pelo menos o que estipula o protocolo de colaboração assinado no passado dia 4 de Setembro pelas autarquias de Santo Tirso, Famalicão e a Refer, homologado pela Secretária de Estado dos Transportes.

Ana Paula Vitorino, de resto, e uma vez alertada pelo autarca de Santo Tirso, terá tido um papel decisivo na resolução deste “problema” que, como afirmou a própria “já não se podia arrastar por mais tempo”. Em causa está, segundo a mesma responsável “uma responsabilidade social da Refer relativamente à preservação do património”. Trata-se de “uma ponte de 1884 que faz parte do nosso património de engenharia e que tem de ser preservada e com este protocolo garantimos que ela será preservada”, afirmou a secretária de Estado.

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