A entrada no novo ano não poderia ter corrido melhor para o Aves que recebeu e venceu por 3-2 a Olhanense da I Liga. O resultado – pela margem mínima – é até enganador, pois o Aves dominou toda a partida.
Com um espetador especial – Fernando Gomes, presidente da Liga de Clubes – o Aves dominou a primeira parte do desafio, com a Olhanense a criar apenas um lance de perigo aos 34’, quando Yontcha rematou de forma enrolada com a bola a rasar o poste direito defendido por Rui Faria.
A equipa da casa fez o primeiro aviso aos 5’ por Rabiola, com o guardião forasteiro a conseguir socar a bola. Mais 3 minutos e Luisinho, numa grande jogada de ataque, percorreu todo o lado direito e já com pouco ângulo rematou para o poste mais distante, conseguindo um golo de belo efeito.
À passagem da meia hora e na sequência de um livre do lado direito do ataque avense, Luisinho colocou a bola na cabeça de Tiago Valente – que subiu melhor que os possantes centrais algarvios – cabeceando e levando a bola a bater na barra da baliza da Olhanense.
Logo depois do lance perigoso dos algarvios e da primeira mexida de Dauto Faquirá (Cadú cedeu lugar a Ismaily), Luisinho acabaria por bisar no jogo. A jogada foi toda de Rabiola que passou por Maurício e rematou para uma grande defesa de Bruno Veríssimo que, ao não conseguir segurar a bola, acabou por entregá-la a Luisinho que rematou de forma enrolada, mas acabando por conseguir que o esférico ultrapassasse a linha de golo.
No reatamento, com 30 segundos de jogo, grande jogada do ataque direito da Olhanense, com a defensiva avense a ver jogar, e Yontcha no centro da área a rematar sem hipótese para Rui Faria. Assistiu-se ao melhor período da equipa da I Liga, criando ainda perigo (58’) com um remate perigoso de Carlos Fernandes, com Rui Faria a corresponder e a defender para canto.
Aos 68 minutos, a Olhanense vê-se reduzida a 10 elementos, com a expulsão de João Gonçalves, pela forma como protestou uma decisão do fiscal de linha.
Três minutos depois, o Aves dilata a vantagem, num lance de contra-ataque. Rabiola recebeu e lançou Pedro Pereira – recém entrado na partida – que contornou duas vezes Jardel e rematou para o lado esquerdo com a bola a bater no poste esquerdo e depois no direito e a entrar.
O Aves voltou a controlar o jogo, mas acabaria por permitir um novo golo da Olhanense (86’) quando João Pedro perdeu a bola de forma infantil, que sobra para Toy que não desperdiça e fuzila a baliza de Rui Faria. A equipa de Olhão foi em busca do empate, mas sem discernimento e mais ocasiões de golo.
No final da partida, o técnico Dauto Faquirá não poupou os seus jogadores, afirmando que “nunca jogaram tão mal” como nesta primeira parte e por isso foi “duro” ao intervalo. A segunda metade “foi melhor”, mas reconheceu que a derrota “foi justa”.
Por seu lado, Vítor Oliveira gostou da prestação da equipa, sustentando que o Aves “foi sempre melhor que a Olhanense”, mas não gostou da forma como sofreu os dois golos, em momentos de “apatia e desconcentração” dos seus jogadores.
Na próxima jornada desta fase da Taça da Liga (dia 19), o Aves viaja até à Madeira para defrontar o Marítimo. Recorde-se que na derradeira jornada (dia 30), a equipa de Vila das Aves recebe no seu estádio o actual detentor do troféu e campeão nacional, o Benfica.
Texto: CELSO CAMPOS. Foto: VASCO OLIVEIRA
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